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Educação

 
 
Leitura e escrita: Propulsores da liberdade
Por: Edna Maíle*

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É certo que a leitura e escrita são essenciais para a obtenção do saber, isto porque, ler e escrever é muito mais do que receber e transmitir informações, é poder transformar essas informações em fontes do conhecimento. É dessa forma que se constrói o pensamento crítico e se concebe a liberdade do cidadão. Assim, é preciso destacar o saber consubstancial como uma necessidade crucial para que o indivíduo contribua na transformação de uma sociedade mais justa.
Em primeiro lugar, a liberdade interpretativa do indivíduo apresenta-se como um dos aspectos fundamentais para a construção, revisão e consolidação de novos conhecimentos. Segundo Martins (1994), a leitura passa por um processo no qual o leitor não participa apenas como decodificador de sinais, todavia é capaz, também, de dar sentido a eles, de entendê-los. É dessa forma, que as informações de um texto passam a ser atuantes, para que o leitor consiga construir sentido sobre aquilo que leu. Portanto, a leitura não traz consigo apenas palavras, mas a contingência de uma visão de mundo.
Em segundo lugar, a sociedade moderna encontra-se em um momento cuja informação é de fácil acessibilidade, logo, possuindo a aceitabilidade do cidadão. Nesse sentido, confunde-se informação com conhecimento. Porém, segundo Magalhães (1997), aquela não é sinônima deste, visto que a informação não atua sobre o mundo para transformá-lo, mas o conhecimento é uma atividade prática e mental. A leitura e escrita são, pois, fontes de informação que em conjunto com a participação do leitor converte-se no saber consubstancial.

“O cidadão-leitor deixa a posição de passividade nas transformações sociais, participando não só como portador do conhecimento, mas com o domínio da consciência crítica, da opinião.”

Em terceiro lugar, o senso crítico apresenta-se como fator fundamental para a atuação do leitor na sociedade. Pois, “considerando em sua dimensão mais ampla, o pensamento crítico constitui um dos mecanismos por meio do qual é possível compreender melhor o mundo, posicionando-se diante dele (Baptista, 2009),” isto, por meio da escrita. Assim, o cidadão-leitor deixa a posição de passividade nas transformações sociais, participando não só como portador do conhecimento, mas com o domínio da consciência crítica, da opinião.
Ler /escrever vai além da tradução e transcrição das letras, é parte integrante do conhecimento. É nesse sentido, que a leitura e escrita, são os propulsores da liberdade, pois, é o discernimento que possibilita a formação de cidadãos mais conscientes de seu papel na sociedade (direitos e deveres), tornando esta mais justa. Logo, a liberdade não está na democracia em si, mas no poder que possui o conhecimento nas mãos do cidadão a fim de concretizá-la.

Referências:
BAPTISTA, Maria Alessandra de Oliveira. Dissertação (Mestrado em educação) – Universidade do Oeste Paulista- UNOESTE: Presidente Prudente-SP, 2009.
MAGALHÃES, Gildo. Revista da – Sociedade Brasileira de História da Ciência- SBHC, n17, p.21-28, 1997
MARTINS, Maria Helena. O que é leitura. 19ª Ed. São Paulo Brasiliense, 1994, p.32-33

2 *Edna Maíle Araújo  Graduanda em Comunicação Social — Rádio e TV na Universidade Estadual de Santa Cruz 1°semestre 2014.

 

 

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